22 de mai. de 2012

A Ç Ã O DE GRAÇAS


     Palavras como obrigado, Senhor, graças a Deus ou Deus seja louvado soam tão belas, são tão fáceis de ser pronunciadas e vêm tão rápidas aos lábios que, por isso mesmo, se tornam chavões e meros cacoetes. Mas a palavra ação muda bastante o sentido da gratidão e aponta para uma forma concreta de demonstrá-la. A expressão Ação de Graças nos motiva a agir, a responder com amor, com a nossa solidariedade.
       Nossos cultos de Ação de Graças pela Colheita nos reportam a um passado (Antigo Testamento – Levítico 23.15-21 e Deuteronômio 16.9-11) onde as pessoas agradeciam a Deus de uma forma bem concreta por tudo que haviam colhido. Faziam isso trazendo como oferenda o primeiro fruto colhido, o melhor fruto produzido, o primeiro ou mais forte e bonito cordeiro do rebanho. Esta era a sua ação de graças. Quanto a isto, sem dúvida hoje se tem enormes dificuldades. O que se vê e ouve é exatamente o contrário: além de não nos motivarmos a oferecer com amor, criatividade, desprendimento e alegria, achamos que com uma sacola de chuchus jogada aos pés do altar tudo está resolvido e que um saco de laranjas “já tá mais do que bom”! Isto é ação de graças?
Não!!! Isto é apenas uma mísera “colaboração”, para desencargo de consciência!
       Ação é sair da casca, é olhar em volta, é estender a mão em solidariedade colocando em prática as palavras de Jesus: “Amai-vos uns aos outros assim como eu vos amei”! Amar apenas em palavras é muito bonito, até romântico, mas soa superficial, vazio, se não for colocado em prática, no dia-a-dia, ali onde Deus mais precisa – no irmão sofredor. Agindo estaremos agradecendo.
       Esta é a verdadeira Ação de Graças que eu acredito que o Povo de Deus Lhe deve. E ela não precisa nem deve acontecer apenas em um determinado momento ou culto previamente definido, mas diariamente, onde quer que estejamos e com quem quer que convivamos. Através de nossa ação de amor, de bondade, de solidariedade para com o nosso semelhante e o mundo que nos cerca estaremos rendendo graças a Deus pela sua fidelidade e seu amor incondicional por nós.
                                             Catequista Edelcard Stapenhorst Hartmann – S. Pedro do Sul

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