31 de ago. de 2011

MUTIRÃO ECUMÊNICO SULÃO VI

       Aconteceu entre os dias 26 e 28 de agosto, no Centro Mariápolis, em São Leopoldo (RS) o Mutirão Ecumênico Sulão VI. O evento foi promovido pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC), Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e Conselho Latino Americano de Igrejas (CLAI) e reuniu pessoas interessadas na promoção do ecumenismo. O encontro aconteceu sob ótica da defesa da criação divina, trazendo para reflexão a temática “Unidos em Cristo na defesa da criação” e o lema “A criação espera com impaciência a manifestação dos filhos de Deus”(Rm 8, 19).
O Mutirão Ecumênico Sulão VI reuniu representantes dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro, além de representantes do Uruguai e da Colombia. Foram cerca de 200 participantes das Igrejas Católica, Episcopal e IECLB, especialmente. A temática foi abordada a partir de quatro enfoques: Histórico do Movimento Ecumênico, pelo
Pe Paulo Homero Gozzi ; Ecologia -  Desafios e perspectivas, por Arno Leandro Kayser - Agrônomo, Ecologista e Professor;  Questões ecológicas: o compromisso das Igrejas?, pelo P. Marcelo Schneider -   Secretário Moderador do CMI; e  Ética Social Ecumênica, pelo Pe. Érico Hammes -
Professor de Teologia da PUCRS e Doutor em Teologia Sistemática. Da área de abrangência de nosso Sínodo participaram pessoas de Santa Cruz do Sul e de Santa Maria – católicos, episcopais e luterano.
Foi uma grande oportunidade de convívio ecumênico, reflexão, integração e motivação para a caminhada.
P. Reinoldo G. Nuemann
Santa Maria

XVI Assembléia Sinodal do Sínodo Centro Campanha Sul


    Estivemos reunidos, no dia 20 de agosto em Linha Boemia, interior do município do Agudo, para a nossa Assembléia sinodal. Foi um momento marcante por diversos motivos:
      1. Conseguir reunir quase 150 pessoas num dia frio e pensando que para poder participar deste encontro teve gente saindo de madrugada de casa... isto é sinal de muita paixão.. amor por sua igreja e vontade de querer servir a Deus com as forças e ferramentas que Ele nos deu.
      2. Oportunidade de nos encontrarmos e reencontrarmos como irmãos e irmãs que se sabem pertencer a uma mesma igreja.., que tem anseios e alegrias para partilhar.
    3. Foi um tempo preciosos para refletir sobre a temática: “Somos parte de um corpo”. Mesmo que sendo um corpo muitas vezes frágil e dominado pelo egoísmo, sabemos que pertencemos a um corpo: corpo que sofre pelos nossos erros e corpo que se alegra com os acertos.
     4. Investimos um tempo precioso para tentar focar  as nossas prioridades para os próximos anos... Sei que na diversidade geográfica que vivemos, as necessidades são muito variadas, mas conseguimos apontar para uma direção: FORMAÇÃO... este é o tema que vai nos orientar nos próximos anos. Ainda é necessário afinar o foco, mas não se deve perder a direção para a qual a assembléia apontou.
     Nossos sinceros agradecimentos:
    a. Ao senhor Werner Bittelbrumm que com maestria conduziu os trabalhos da Assembléia;
   


b. À comunidade de Linha Boemia  e à Paróquia de Cerro da Igreja que sediaram este encontro e nos acolheram com tanto carinho;
    c. A Diácona Ingrit Voigt que nos conduziu na reflexão;
  d. A todos/as vocês, delegados e delgadas que se fizeram presentes nesta assembléia.
    e. Aos ministros/as que participaram
   Rogo ao bondoso deus que Ele abençoe o nosso planejar e o nosso agir.
                Carinhosamente
Pastor Sinodal Bruno Ari Bublitz

24 de ago. de 2011

SEMANA NACIONAL DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

“Minha porta está sempre aberta. Eu sou gente, criatura como vocês. Eu preciso conviver e ter amigos e amigas.”
Esta frase escrita por uma menina deficiente visual, com palavras simples, mas de um significado imenso, nos toca profundamente.
       Vamos refletir algumas palavras chave dessa frase: Amigos, conviver e inclusão.
 Ter e conviver com amigos, é uma riqueza incalculável, sem preço nenhum. É essencial e de fundamental importância em tê-los, independentemente, ou não, de ser portador de uma limitação ou com deficiência, pois necessitamos uns dos outros, para suavizar e embelezar a nossa vida.
 Cultivar a convivência, com a família, amigos e comunidade, nos engrandece fortalece, a superar as muitas barreiras impostas pela exclusão, do preconceito, da vergonha e outras.
 Vivenciar a inclusão em todos os âmbitos da vida, e conscientizá-la para a sociedade, deixando que a própria pessoa com deficiência seja o seu porta-voz é uma missão sublime.

ORAÇÃO
Senhor Deus Pai, ao orar, olhei ao redor e com tristeza vi imagens desoladora de desamor desrespeito, desigualdades, de violência, guerras, de sofrimentos, de preconceito, discriminação e pobreza.
Devo lhe confessar das muitas dúvidas e medos que me assolam e principalmente me assustam, pois me paralisam e travam o meu consciente e todos os sentidos, gestos e ações.
       Sei também Senhor que este não envolver se chama a omissão:
De estender a mão, amparar e amar o próximo;
De viver em paz e de proteger a natureza;
De repartir e compartilhar o pão com os que não têm;
De valorizar a vida e de aceitar todos com as suas diferenças;
Esqueci do fundamental que é o amor e a solidariedade.
       No entanto Senhor o Teu amor é único e infindável para com todos os seres humanos, pois aos teus olhos somos todos iguais, não existe diferença sociais, limitações e deficiências. E esse amor grandioso nos dá a sublime esperança de cada dia um novo recomeçar de vida.
De novas alegrias, após lágrimas derramadas;
De novos sonhos, após metas alcançadas;
De novas possibilidades e dons, após a perdas e limitações;
Do perdão renovado, após a ofensa;
De novas esperanças e recomeço de vida, após o sofrimento.
Senhor Deus misericordioso, nos envolva com Tua bondade e faça que todos nós possamos entender o Teu imenso amor e pedimos a graça de Teu Filho Jesus Cristo, de compartilhá-lo com a comunidade. Amém.
Carla Koppe


SOU EU O DEFICIENTE?
A cada ano, na Semana Nacional da Pessoa com Deficiência que acontece de 21 a 28 de agosto, as comunidades e organizações confessionalmente vinculadas à IECLB são motivadas a refletir, junto com a sociedade brasileira, sobre temas relacionados à inclusão e acessibilidade e para isso quero compartilhar um texto de Frei Betto publicado em Agosto de 2001 e que nos pode ajudar a pensar com carinho sobre esses temas:
Porque sou tetraplégico, preso a uma cadeira de rodas, chamavam-me de "aleijado". Por sofrer de cegueira, fui considerado "deficiente físico". Psicótico, trataram-me como um bicho de sete cabeças. Agora, por ter perdido um braço num acidente, cuja pancada deixou-me leso, sou qualificado de "portador de deficiências física e mental".
Mudam os termos, mas não a cultura que ponha fim aos preconceitos que me cercam. Antes, diziam que sou mongolóide; agora sofro de síndrome de Down. Era leproso; agora tenho hanseníase.
Nesta sociedade contaminada pela síndrome de Damme, e que cultua a idolatria dos corpos - ainda que a cabeça se assemelhe à do camarão - sou confinado, léxica e socialmente, às limitações que carrego.
Se saio à rua, pouco encontro rampas, em calçadas e prédios, para passar com a minha cadeira de rodas. Com freqüência, há um carro estacionado na vaga a mim reservada. Temo um novo atropelamento ao cruzar a rua, pois o tempo do semáforo e a fúria dos motoristas não respeitam a lentidão deste corpo que se apóia na bengala.
Muitas vezes, na rua, dependo da solidariedade anônima para subir para o ônibus ou poder sentar no metrô. À noite, sonho com fantasmas gritando em meus ouvidos:
Fique em casa! Sua debilidade é o seu cárcere! Não se atreva a imiscuir-se neste mundo de corpos esbeltos e saudáveis, sarados e curados, lindos e louros. Fique em casa!
Não fico. Nem aceito que minhas limitações permaneçam estigmatizadas por expressões equívocas. Não sou um portador de deficiência. Sou um portador de inteligência, aptidões e talentos. De dignidade e cidadania.
 Sou um PODE portador de direitos especiais. Todos temos direitos universais. Tenho direito também aos especiais: equipamentos sociais, prioridade no atendimento público, estacionar em local proibido etc. Quero ser definido, não pela carência que atinge a minha saúde, mas pelo direito que a sociedade está obrigada a me assegurar.
Como qualquer pessoa, preciso trabalhar. Sei que não tenho aptidão para certas tarefas, devido ao meu descontrole motor. Mas de quantas coisas sou capaz, graças à minha inteligência e cultura, habilidade e talento! Sei pintar com a boca ou com os dedos dos pés; posso ensinar idiomas ou computação sem me erguer da cadeira; sou bom no controle de qualidade dos produtos.
O que seria de nós se Beethoven fosse discriminado como surdo e Stephen Hawking como aleijado? E se Van Gogh permanecesse internado após cortar a própria orelha? E se Lars Grael ficasse em casa lamentando a perda de uma perna?
 Deficiente é quem traz, na vida, um déficit com quem depende de solidariedade: o pai que ignora o filho doente; a mãe que se envergonha da filha excepcional; o empresário que exige "boa aparência" de seus funcionários; o poder público que não constrói equipamentos, nem põe na cadeia quem discrimina um portador de direitos especiais.
 Vontade de fazer as coisas eu tenho. Capacidade também. Sei que posso, sou um PODE. Só faltam oportunidades e quem reconheça que, aquém dos direitos especiais, tenho também direitos universais.
Pensemos nisso e que Deus te abençoe. Amém.


Diácono Dirceu Quinot


Estas fotos que seguem, são da festa de aniversário de 8 anos do grupo de pessoas especiais da Paróquia de Ferraz.




23 de ago. de 2011

XVI ASSEMBLEIA SINODAL DO SINODO CENTRO-CAMPANHA SUL

         Aos vinte dias do mês de Agosto do ano de dois mil e onze, aconteceu a XVI Assembleia Sinodal do Sinodo Centro-Campanha Sul nas dependências da comunidade Evangélica de Linha Boêmia, Agudo/RS. Segue a Mensagem dos Delegados e Delegadas a todas as Comunidades do Sinodo:


Mensagem da XVI Assembleia Sinodal
     Como participantes da XVI Assembleia Sinodal do Sínodo Centro Campanha Sul, reunidos em Linha Boêmia – Paróquia Cerro da Igreja, município de Agudo, saudamos a todos vocês irmãs e irmãos das nossas comunidades na certeza da fé que se alimenta da graça de Deus e que nos compromete no amor.
Fomos acolhidos por lideranças comunitárias que haviam preparado um delicioso café matinal, que aqueceu nossos corpos na fria manhã agudense. A pastora local, Roseli Breunig Berger, aqueceu nosso espírito através de uma palavra de meditação que acompanhou-nos durante os trabalhos no decorrer do dia.
    Esteve conosco a Diácona Ingrit Vogt – Secretária Geral da IECLB, a qual também representou a presidência da IECLB. Ingrit, a partir do estudo de 1 Co 12.12-27, animou-nos dizendo que somos uma Igreja bonita, séria, vibrante e respeitada; uma Igreja colorida, presente nas mais diversas realidades e recantos do nosso país, onde cada membro é desafiado a servir com seus dons. Temos uma tarefa especial: inclinar-nos em direção aos membros e comunidades que, “qual dedinho machucado”, necessitam ser abraçados e auxiliados para darem seguimento ao anúncio e vivência do Evangelho.
    Como parte deste Corpo de Cristo, queremos renovar a nossa disposição em servir uns aos outros em solidariedade. Compartilhando alegrias e tristezas, queremos reafirmar a missão diaconal da nossa Igreja e animar a todos vocês na caminhada de sermos cada vez mais inclusivos, acolhedores e missionários para e com todos, “servindo uns aos outros cada um conforme o dom que recebeu de Deus” – 1 Pe 4.10.
     Na paz de Cristo.

Linha Boêmia, 20 de agosto de 2011
Os(as) Delegados (as)

IECLB-SELOS


No relatório para o XIII Encontro de Representantes Sinodais da OGA, o Sr. Dieter Fertsch, coordenador de IECLB-Selos, escreveu o seguinte:
Na história de IECLB-SELOS, agora já com quase 32 anos de atividade, houve dois acontecimentos marcantes:
O primeiro em 2002, quando iniciou a parceria com a OGA, a partir da qual a quantidade de doações de selos, principalmente por grupos do GAW na Alemanha, aumentou consideravelmente e a nossa prioridade número um foi o empenho na busca por mais compradores, pois os estoques estavam crescendo muito. Além das feiras periódicas, as vendas a partir de nossa residência (por carta, e-mail ou pessoalmente) aumentaram e chegaram a superar os resultados financeiros obtidos nas feiras. Em conseqüência e por motivos práticos decidimos suspender estas feiras em 2007.
Em 2010 houve o segundo acontecimento marcante: O Sr. Romeu Odilo Trauer, membro da Comunidade de Florianópolis, até então desconhecido por nós, colocou à nossa disposição o seu site na Internet sobre venda de selos. Prontificou-se a publicar nosso trabalho e o resultado foi simplesmente impressionante. Se o cancelamento das feiras foi uma espécie de “fechar uma janela”, eis que Deus abriu uma verdadeira porteira: Os pedidos por e-mail não cessaram de chegar assim que quase não damos mais conta de tantas encomendas. Em tudo isto o que nos motiva e sempre emociona de novo é o fato de os próprios clientes fazerem propaganda muito positiva na Internet sobre o nosso atendimento, pois no respectivo site acontece uma intensa troca de comentários entre os colecionadores:

A procura por selos foi tamanha, que hoje já nos faltam selos do Brasil. Assim, aproveito este relato para fazer um apelo por doação de selos: Nas comunidades, em firmas, escolas e junto a pessoas individuais.
Peço ainda que as doações sejam, de preferência, encaminhadas diretamente ao meu endereço:
Dieter Fertsch
Caixa postal 06
96880-000 VERA CRUZ/RS;
E-mail: dfertsch@ig.com.br

11 de ago. de 2011

RELACIONAMENTO PAI – FILHO

Somos pessoas que vivem em um mundo onde há relações. Nossa relação se dá com o outro e com a criação. Algumas relações são mais próximas, íntimas, outras mais distantes e formais. Quando nos relacionamos com o outro sempre aprendemos com ele, ou alguma coisa ensinamos. Para um bom relacionamento é necessário estar aberto, estar disposto a crescer com o outro; respeitar o outro, o que ele sente, o que ele pensa.

Nossos relacionamentos não são perfeitos, pois não somos pessoas perfeitas. Sempre temos a possibilidade de desenvolver-nos, aprimorando e melhorando nosso jeito de ser. Melhor se isso for feito de forma relacional. Quem se “enxerga” assim, como pessoa imperfeita, também percebe que as relações são e sempre serão imperfeitas.
Quando sou confrontado em meu modo de ser, pensar, agir e viver, preciso posicionar-me. Quando me posiciono reafirmo ou descubro a minha identidade. O outro me ajuda a dizer quem eu sou. Sou desafiado a assumir a minha responsabilidade, minhas ideias e convicções. Para um bom relacionamento não posso esconder-me.
Em nossa vida carregamos jeitos que herdamos de nosso pai, de nossa mãe. Nossos corpos carregam genes que trazem consigo características, traços corporais, personalidade... “É a cara do pai”- ouvimos tantas vezes. A vida familiar é construída a partir das características que carregamos, sejam elas boas ou não tão boas assim... Construímos laços de afeto, carinho... Relacionamo-nos enquanto pai/mãe, filho/filha, irmão, avô, neto... A quantas anda nosso relacionamento familiar, o relacionamento de pais para com filhos, filhas?

Conforme Gn 12.2, Deus deixa um desafio para Abraão (nosso pai na fé) no seu relacionamento para com o povo de Israel: “sê tu uma benção”. Desafio que permanece em nossos dias, no nosso com-viver. Por isso, pais, sejam uma bênção para seus filhos. Filhos sejam uma bênção para seus pais.

Viver, acompanhar, desfrutar da vida, da fé, da comunhão com pais, mães e irmãos de forma sadia e bonita é uma bênção de Deus. Quem tem esta possibilidade, em meio a uma sociedade fragmentada, que valorize a riqueza desta boa relação. Sem dúvida, a vivência sadia é uma das maiores bênçãos que podemos ter em nossa vida.
Pense nisso. Amém.
P. Décio Weber
Paróquia Martin Luther – Vera Cruz