11 de ago. de 2011

RELACIONAMENTO PAI – FILHO

Somos pessoas que vivem em um mundo onde há relações. Nossa relação se dá com o outro e com a criação. Algumas relações são mais próximas, íntimas, outras mais distantes e formais. Quando nos relacionamos com o outro sempre aprendemos com ele, ou alguma coisa ensinamos. Para um bom relacionamento é necessário estar aberto, estar disposto a crescer com o outro; respeitar o outro, o que ele sente, o que ele pensa.

Nossos relacionamentos não são perfeitos, pois não somos pessoas perfeitas. Sempre temos a possibilidade de desenvolver-nos, aprimorando e melhorando nosso jeito de ser. Melhor se isso for feito de forma relacional. Quem se “enxerga” assim, como pessoa imperfeita, também percebe que as relações são e sempre serão imperfeitas.
Quando sou confrontado em meu modo de ser, pensar, agir e viver, preciso posicionar-me. Quando me posiciono reafirmo ou descubro a minha identidade. O outro me ajuda a dizer quem eu sou. Sou desafiado a assumir a minha responsabilidade, minhas ideias e convicções. Para um bom relacionamento não posso esconder-me.
Em nossa vida carregamos jeitos que herdamos de nosso pai, de nossa mãe. Nossos corpos carregam genes que trazem consigo características, traços corporais, personalidade... “É a cara do pai”- ouvimos tantas vezes. A vida familiar é construída a partir das características que carregamos, sejam elas boas ou não tão boas assim... Construímos laços de afeto, carinho... Relacionamo-nos enquanto pai/mãe, filho/filha, irmão, avô, neto... A quantas anda nosso relacionamento familiar, o relacionamento de pais para com filhos, filhas?

Conforme Gn 12.2, Deus deixa um desafio para Abraão (nosso pai na fé) no seu relacionamento para com o povo de Israel: “sê tu uma benção”. Desafio que permanece em nossos dias, no nosso com-viver. Por isso, pais, sejam uma bênção para seus filhos. Filhos sejam uma bênção para seus pais.

Viver, acompanhar, desfrutar da vida, da fé, da comunhão com pais, mães e irmãos de forma sadia e bonita é uma bênção de Deus. Quem tem esta possibilidade, em meio a uma sociedade fragmentada, que valorize a riqueza desta boa relação. Sem dúvida, a vivência sadia é uma das maiores bênçãos que podemos ter em nossa vida.
Pense nisso. Amém.
P. Décio Weber
Paróquia Martin Luther – Vera Cruz