A propósito do dia dos avós, dia 26 de
julho, e como avô com 70 anos, na espera do nono neto ou neta. Os avós também gostam
de surpresas...
A
gente se torna avô/avó completamente de graça: é que netos/as nos acontecem.
São mais uma afirmação da dádiva da vida, “sem nenhum mérito da nossa parte”.
Sentimo-nos gratos pela chegada e, quando possível, da possibilidade de
acompanhar os netos.
Eles
nos lembram de que somos elos da corrente de quem viveu antes de nós e da certeza
de tudo de bom que nos transmitiram. Compartilhamos da esperança de que em fé e
amor possamos também legar, quem sabe, o que de melhor recebemos.
─Vovô
e vovó, como era no tempo em que vocês foram crianças? ─Foi
o que a professora Iara, da classe de educação infantil da nossa neta Sofia perguntou
para nós, diante da turminha de 13 coleguinhas.
Então falamos do
que então se brincava e cantava, e até deu para ensinar uma brincadeira cantada
que a minha mãe trouxe da sua terra natal, a Alemanha. Jogamos também “Mensch,
hau ab” que chamamos de “ratinho”.
Com isso gostaria
de falar da importância de cantar e brincar com nossos netos. Com certeza, não
são só os jovens que aprendem, mas nós mesmos somos ricamente recompensados
pelo convívio lúdico com a nova geração. Assim somos elos entre as gerações.
Lembro-me da neta
que, chateada com um jogo, saiu cantando ironicamente: ─Eu
sou um desmancha prazeres!... (Ich bin ein Spielverderber!)
É importante, desde
a infância aprender a jogar, a perder (tornando-se “o mico-preto” todo pintado
a carvão), a ganhar com humildade, sem desrespeitar os outros. Jogando
aprende-se a encarar os fatos importantes da vida com alegria e serenidade.
Como avô relembro
que dos meus avós só ouvia falar de longe, não cheguei a conhecê-los
pessoalmente, pois ficaram na Alemanha. Hoje, como avós, compartilhamos com os
netos a expectativa de cada (re) encontro, com todas as suas preparações,
surpresas e imprevistos.
Como avós, nos
acontece o amor multiplicado com espontaneidade.
Cabe neste contexto
a canção sublime do amor de 1ª Co 13 “quem ama, se alegra quando alguém faz o
que é certo”, e mais adiante, “Quem ama, nunca desiste”.
Como avós é muito
importante aceitar o jeito de ser tão diferente dos filhos e, depois, dos
netos, sem querer impor nossas vontades.
Lidar com fé,
esperança e paciência, são dicas dadas por Paulo, também para o convívio de
gerações.
Que bom que cada
dia pode ser o dia das mães, dos pais, das crianças e dos avós!
Que bom que não
precisamos ficar sentados esperando homenagens e presentes!
Que bom podermos
estar presentes, mesmo muitas vezes, só em pensamentos, e nos sentirmos
presenteados pelo nosso querido Pai Eterno, pela dádiva de filhos e netos, e,
até de, diante deles, podermos ser os representantes do seu infinito amor e da
sua graça pura!
Hermann K. G. Krause,
P.em. São
Pedro do Sul
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