Palavras como obrigado, Senhor, graças
a Deus ou Deus seja louvado soam tão belas, são tão fáceis de ser
pronunciadas e vêm tão rápidas aos lábios que, por isso mesmo, se tornam
chavões e meros cacoetes. Mas a palavra ação muda bastante o sentido da
gratidão e aponta para uma forma concreta de demonstrá-la. A expressão Ação
de Graças nos motiva a agir, a responder com amor, com a nossa
solidariedade.
Nossos
cultos de Ação de Graças pela Colheita nos reportam a um passado (Antigo
Testamento – Levítico 23.15-21 e Deuteronômio 16.9-11) onde as pessoas
agradeciam a Deus de uma forma bem concreta por tudo que haviam colhido. Faziam
isso trazendo como oferenda o primeiro
fruto colhido, o melhor fruto
produzido, o primeiro ou mais forte e bonito cordeiro do rebanho.
Esta era a sua ação de graças.
Quanto a isto, sem dúvida hoje se tem enormes dificuldades. O que se vê e ouve
é exatamente o contrário: além de não nos motivarmos a oferecer com amor,
criatividade, desprendimento e alegria, achamos que com uma sacola de chuchus
jogada aos pés do altar tudo está resolvido e que um saco de laranjas “já tá
mais do que bom”! Isto é ação de graças?
Não!!! Isto é apenas uma mísera
“colaboração”, para desencargo de consciência!
Ação é sair da casca, é olhar em volta,
é estender a mão em solidariedade colocando em prática as palavras de Jesus: “Amai-vos
uns aos outros assim como eu vos amei”! Amar apenas em palavras é muito bonito,
até romântico, mas soa superficial, vazio, se não for colocado em prática, no
dia-a-dia, ali onde Deus mais precisa – no irmão sofredor. Agindo estaremos agradecendo.
Esta
é a verdadeira Ação de Graças que eu
acredito que o Povo de Deus Lhe deve. E ela não precisa nem deve acontecer
apenas em um determinado momento ou culto previamente definido, mas diariamente, onde quer que estejamos e
com quem quer que convivamos. Através de nossa ação de amor, de bondade, de solidariedade para com o nosso
semelhante e o mundo que nos cerca estaremos rendendo graças a Deus pela sua fidelidade e seu amor incondicional por nós.
Catequista Edelcard Stapenhorst Hartmann –
S. Pedro do Sul
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